Papa Francisco recebeu, na manhã desta sexta-feira, 25, na Sala Clementina, no Vaticano, cerca de 150 participantes da XXI Assembleia Plenária do Pontifício Conselho para a Família, que se conclui hoje, com a audiência pontifícia.
No discurso, Francisco se deteve sobre três pontos: “família, comunidade de vida, com consistência autônoma”; “família fundada no matrimônio” e “fases da vida familiar: infância e velhice”.
Ao falar da família como comunidade de vida, o Papa destacou que nela está o centro natural da vida humana. “Ela é composta de rostos e de pessoas que amam, dialogam, se sacrificam e defendem a vida, sobretudo a mais frágil e fraca. A família é o motor do mundo e da história”, sublinhou.
“Na família, cada um constrói a própria personalidade, cresce, respira o calor da casa; é o lugar dos nossos afetos, da nossa intimidade, de aprendizagem; nela, a pessoa toma consciência da própria dignidade, da educação cristã e do respeito aos outros, sobretudo os enfermos e marginalizados”, lembrou o Papa.
Em seguida, apresentou o segundo ponto, a família fundada no matrimônio. Ressaltou que mediante um ato de amor livre e fiel, os esposos cristãos testemunham o matrimônio, como Sacramento, a base sobre a qual se funda a família e torna mais sólida a união dos cônjuges e a doação recíproca.
“No matrimônio, os esposos fazem uma doação completa de si, sem cálculos e nem reservas, compartilhando tudo, dons e renúncias, confiando na Providência divina. Eis a experiência que os jovens devem aprender de seus pais e avós: experiência de fé em Deus, de confiança recíproca, de profunda liberdade e de santidade”, exclamou o Papa.
Por fim, o Pontífice expôs o terceiro ponto ao falar da infância e velhice. “As crianças e os idosos representam os dois polos da vida, os mais vulneráveis e até esquecidos. Uma sociedade que marginaliza as pessoas idosas renega as suas raízes e obscurece o seu futuro”, alertou.
Segundo o Papa, todas as vezes que uma sociedade abandona uma criança e exclui um idoso, comete, não apenas um ato de injustiça, mas proclama a própria falência. “A Igreja que cuida das crianças e dos anciãos se torna a mãe das gerações de fiéis e, ao mesmo tempo, presta serviço à sociedade humana”, concluiu.
“A família é parte importante da evangelização, pois os cristãos comunicam a todos a Boa Nova através do testemunho da família. E seu segredo é a presença de Jesus no seio da família humana”, salientou o Santo Padre .
O Papa Francisco pediu aos participantes da Plenária que sejam “solidários, atenciosos e afetuosos, com as famílias em dificuldade e em crise, com as obrigadas a deixar suas terras, as que estão divididas, que não têm casa ou trabalho e as sofredoras”.
Ao concluir a audiência, o Santo Padre fez votos de que os trabalhos da Assembleia possam contribuir para a realização do próximo Sínodo extraordinário dos Bispos, que será dedicado precisamente às famílias, em outubro do próximo ano.
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