Liliane Borges
Da Redação, com Rádio Vaticano
Da Redação, com Rádio Vaticano
A confissão dos pecados feita com humildade é o que a Igreja pede
a todos nós, declarou o Papa Francisco, na homilia realizada nesta sexta-feira,
25, na Casa Santa Marta, no Vaticano.
O Pontífice centrou o seu discurso no sacramento da reconciliação
(confissão), encorajando a todos a não esconder os próprios pecados, mas
confessá-los com sinceridade.
A partir da Carta de São Paulo aos Romanos – liturgia de hoje –
o Papa destaca a coragem do apóstolo em reconhecer publicamente que em
sua carne “não habita o bem”, e por isso não faz o bem que gostaria, mas o mal.
Francisco ressalta que isso acontece na vida de todo o cristão, e por esse
motivo o sacramento da reconciliação é um grande auxílio.
“E esta é a luta dos cristãos. É a nossa luta de todos os dias. E nós
nem sempre temos a coragem de falar como Paulo sobre essa luta. Sempre
procuramos uma via de justificação. Mas sim, somos todos pecadores”, afirmou o
Papa. Ele assegura que se não reconhecemos os nosso pecados, não poderemos
alcançar o perdão de Deus.
“Alguns dizem: ‘Ah, eu me confesso com Deus’. Mas assim é fácil é como
confessar-se por e-mail. Deus está longe e não há um face a face”, alertou o
Papa ao falar sobre a indisposição que muitos católicos têm em procurar um
confessor.
Por outro lado, destaca Francisco, alguns dizem confessar-se com
facilidade, “mas ao falar de seus pecados o fazem de modo tão distante
que seria melhor não ter se confessado”.
Francisco alerta que confessar-se não significa ir a uma consulta com um
psiquiatra, e nem ir a uma sala de tortura, é simplesmente dizer ao
Senhor: “eu sou pecador”. E a presença de um irmão (sacerdote), diz o Papa, é
um modo de ser concreto na confissão.
“Os pequenos têm sabedoria. Quando uma criança se confessa, nunca diz
uma coisa geral. ‘Padre, eu fiz isso, eu fiz aquilo à minha tia, para aquele eu
disse essa palavra’, e dizem a palavra. São concretos, hein? Eles possuem
aquela simplicidade da verdade”, ressalta o Papa. Segundo o Pontífice, os
adultos tem a tendência de esconder sempre os próprios pecados.
Ao concluir a homilia, o Papa Francisco destacou que ter vergonha dos
próprios pecados diante de Deus é uma graça. “Pensemos em Pedro quando,
depois do milagre de Jesus no lago, disse: ‘Mas, Senhor, afasta-te de mim, eu
sou pecador’. Ele se envergonha de seus pecados diante da santidade de Jesus
Cristo”, explicou o Papa.
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